Fonte: ANGOP
Luanda – Para dar resposta à pandemia da Covid-19 e outras patologias, especialistas angolanos defenderam, esta sexta-feira, em Luanda, maior investimento na investigação científica e na saúde primária.
Segundo o médico Adriano Manuel, que falava à ANGOP à margem de um debate sobre o “Impacto da Covid – 19″ promovida pela Associação Pro Bono Angola”, o pouco investimento na investigação influência num sistema de saúde precário.
De acordo com médico, com o impacto da pandemia da Covid-19 houve a necessidade urgente de se investir no único laboratório de biologia molecular solicitado a mais de 20 anos.
Para o especialista, é de igual modo prioritário que se invista na medicina preventiva, de formas a se reduzir o elevado índice de mortalidade em malária, diabete e hipertensão arterial.
Adriano Manuel fez saber que a má nutrição e a tuberculose constituem também preocupação para o sector.
No domínio social e económico, a pandemia da Covid-19 resultou no elevado índice de pobreza e desemprego.
Para o economista Jusue Chilundulo, do ponto de vista social, urge a necessidade de se revolucionar o sistema de educação, para que sirva de base e se tire proveito das actividades económicas e gerar oportunidades para o país.
“Sem educação não se pode falar em desenvolvimento, uma educação que responda ao plano de desenvolvimento”, disse.
Do ponto de vista económico, frisou que para contrapor o actual cenário provocada pela pandemia deve-se investir numa gestão mais patrimoniosa do erário público com vista a gerar um efeito multiplicador.
De acordo com o responsável, nesse contexto, para dar resposta aos efeitos negativos causados pela Covid-19 será necessário revitalizar a economia por via de crédito, implementar acções para a geração de infra-estrutura de apoio às actividades económicas, bem como outros incentivos aos investidores.
Por seu turno, o comunicólogo Celso Malavoloneke destacou a necessidade de um maior investimento na sector da comunicação para a prevenção da Covid- 19.
“A comunicação social têm o seu papel crucial na sensibilização, promoção e prevenção das populações”, frisou.
Para Celso Malavoloneke, esse investimento facilita no aumento de componentes educativas e preventiva da Covid-19.
Já no domínio da legalidade, ordem, defesa e segurança, na óptica do entrevistado, novas medidas foram adoptadas no dia-a-dia de actuação da Polícia Nacional (PN) que resultou em várias detenções.
Para garantir o cumprimento dos decretos do estado de emergência e o de calamidade pública, o superintendente chefe Mateus Rodrigues fez saber que foram realizadas em todo país 385 mil 422 acções desde sensibilização, policiamento ostencioso e intervenções.
Só ponto de vista da defesa sanitária, informou que no primeiro semestre de 2021 a PN registou a entrada de cerca de 45 mil 590 viaturas e a saída de 29 mil 319 viaturas.
Acrescentou terem sido detidos 89 mil 799 cidadãos por desacatos a autoridade, desobediência, por realização de festas, desporto fora do período permitido.
No período em referência foram ainda realizados 79 julgamentos sumários, apreendidas 2 mil 137 viaturas, equipamentos diversos e aplicadas multas em 8 mil 686 cidadãos.
O superintendente chefe da PN referiu que essas acções resultaram na arrecadação de receitas no valor de 50 milhões 294 mil 567 kwanzas.