Jornalistas angolanos marcharam pela primeira vez, em 47 anos de independência, com um sonante grito de “liberdade” sob o lema: “Quem tem medo da liberdade?”
Os Jornalistas angolanos marcharam pela primeira vez na história de Angola em grito de liberdade. Recentemente, a sede do Sindicato dos Jornalistas Angolanos foi alvo de assaltos e de lá só o computador foi retirado e mais tarde reposto. Segundo o Presidente do Sindicato, Teixeira Cândido, algum tempo depois do primeiro assalto, recebeu uma mensagem telefónica na qual os supostos perpetradores perguntavam se tinha entendido a mensagem.
Na sequência deste primeiro incidente, os intrusos voltaram à sede do sindicato e desta vez levaram o computador e o mesmo nunca mais reapareceu. Teixeira Cândido não se coibiu em convocar de imediato uma conferência de imprensa no qual voltou a denunciar a onda de intimidação aos jornalistas. Na companhia de Reginaldo Silva, um conceituado jornalista membro da Entidade Reguladora da Comunicação Social, Teixeira Cândido condenou com veemência tais condutas e pediu a pronta intervenção das autoridades de investigação criminal para esclarecer o crime.
A PRO BONO ANGOLA solidariza-se com os jornalistas e em várias intervenções nos órgãos de comunicação condenou tais actos que configuram um atentado à liberdade de imprensa e ao Estado de Direito Democrático. No dia 17 de Dezembro de 2022, a PRO BONO ANGOLA participou na marcha em gesto de solidariedade para com toda classe jornalística Angolana.
É digno referir que, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço também condenou os assaltos à sede do Sindicato de Jornalistas ao que qualificou como uma “asneira”.
Lamentavelmente, no dia em que decorria a marcha, a sede do Sindicato foi novamente alvo de assalto.
Discursando após o final da marcha que aconteceu no largo da liberdade à Vila Alice, Teixeira Cândido relembrou que os jornalistas nunca se vão calar diante de injustiças, mesmo que, em sua defesa, esteja em causa a própria vida. Referiu que o jornalista Ricardo de Melo morreu há sensivelmente 30 anos, mas a liberdade de imprensa não retrocedeu. “pode se calar uma redação, mas nunca os jornalistas”, rematou.
A PRO BONO ANGOLA defensora dos direitos humanos continuará firme ao lado dos jornalistas na sua luta por uma sociedade mais livre, uma governação mais aberta e transparente e cidadãos mais comprometidos com a pátria, em defesa dos mais desfavorecidos.
Fonte: PRO BONO ANGOLA